A cidade de Coelho Neto pode entrar em colapso caso se confirme a “ameaça” do grupo João Santos de demitir seus últimos funcionários e fechar a Usina Itajubara. A possibilidade é real e chegou a ser ventilada por representantes do próprio grupo.
No último dia 30, durante uma audiência com o Ministério Público do Trabalho em Caxias com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores (as) Assalariados Rurais – STTA, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos e seus derivados de Coelho Neto – SINTRIAD e os representantes da empresa estava na pauta a proposta que o grupo apresentaria para pagamento de 04 (quatro) meses de salários atrasados, férias e 13º.
Durante a reunião os representantes do grupo negaram a possibilidade de proposta devido ao fato de não conseguirem confirmar a venda antecipada do álcool da safra do próximo ano. As empresas que estavam negociando recuaram diante da visível crise que passa o conglomerado em todo o país, fato que impediu a compra antecipada com recursos na ordem de quase R$ 13 milhões de reais, correspondente a 7 milhões de litros de álcool.
Por conta disso o empresário José Santos – presidente da parte do grupo sediada em Coelho Neto teria mandado noticiar através de seus advogados que não havia mais condição de manter o empreendimento, a menos que os trabalhadores esperassem até 15 maio de 2019, tempo em que ele teria condições de manter o funcionamento. Uma proposta no mínimo indecorosa e desrespeitosa com os trabalhadores não? Se os trabalhadores não aceitassem ele faria uma demissão em massa, tanto dos rurais quanto dos que ainda trabalham na indústria e consequentemente decretaria de vez o fechamento da usina.
Os advogados dos trabalhadores foram orientados a pedir a penhora da Usina e do canavial para que após a concessão da penhora, os trabalhadores tenham segurança de garantias judiciais de receber seus proventos. De acordo com informações obtidas pelo blog junto ao presidente do STTA Eduardo Penha, a dívida toda chegaria a cerca de R$ 40 milhões levando em consideração horas trabalhadas e rescisões.
Essa decisão se confirmada, provocaria um colapso na cidade, tão grave quanto o que aconteceu após a paralisação da empresa Itapagé em 2005. A população naquela época foi vítima de mais um engodo do grupo João Santos, que na ânsia por conquistar mais décadas de isenção fiscal nunca colocou um parafuso na modernização vendida por eles, mas que nunca aconteceu.
É um sinal vermelho que se acende sobre a situação econômica do município…
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