Para orgulho dos Coelhonetense e dos Maranhenses de forma geral, a conterrânea Dayse Willkenia Almeida Marques (27 anos), aluna de doutorado em Entomologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), foi a única ganhadora, no Brasil, do prêmio doado pelo S. W. Williston Diptera Research Fund, administrado pelo Smithsonian Institution (EUA) - o maior complexo de museus, educação e pesquisa do mundo – para participar do 9º Congresso Internacional de Dipterologia, que acontecerá de 25 a 30 de Novembro, em Windhoel, na Namibia (África).
Filha de Marta Maria Almeida Marques e do saudoso Zilberto Marques F. da Silva, Dayse Willkenia estudou toda a sua vida escolar básica em Coelho Neto, inclusive concluiu o Ensino Médio na escola Estadual Dr. Magno Bacelar. Graduada em Ciências Biológicas Licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão- UEMA, Caxias, com Mestrado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Pesquisas da Amazonia, INPA, Brasil, em Manaus. A doutoranda foi selecionada pelo seu trabalho “Estudo taxonômico e análise filogenética de moscas do gênero Elmohardyia (Pipunculidae) parasitoides de cigarrinhas”. De 07 pessoas de todo o mundo, a coelhonetense foi a única escolhida do Brasil.
A família da doutoranda está muito feliz com mais uma conquista obtida por ela, pois é a prova de que quando se quer realizar um sonho, é preciso arriscar e acreditar. Dayse é a prova disso.
Dayse Marques, que é bióloga, conta que se inscreveu acreditando no trabalho que desenvolve e que poderia ser selecionada. “Para mim é uma felicidade e uma conquista importante”, revela.Marques atualmente é bolsista do Programa de Taxonomia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Protax/CNPq). Já foi bolsista da Capes e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). Seu projeto conta com financiamento do CNPq e da Fapeam.
O estudo visa desvendar a enorme diversidade da fauna na Amazônia, ainda muito pouco conhecida, notadamente das moscas pipunculídeas, por serem diminutas, pretas e muito pouco atrativas para a maioria dos zoólogos. “Tudo tem que ser conhecido e é muito importante conhecê-las porque podem controlar pragas na agricultura, fato que ainda não é aplicado na Amazônia, mas já é aplicado na Argentina, nos cultivos de arroz e milho”, explica a doutoranda sobre sua pesquisa.
“Será uma oportunidade para conhecer pesquisadores de outras partes do mundo, conhecer as pesquisas que eles estão desenvolvendo e compartilhar experiências”, diz a doutoranda ao comentar que a ida ao congresso mundial de dipterologia possibilitará a interação com cientistas renomados que trabalham com essa ordem de insetos e será uma experiência memorável.
O concurso foi uma disputa em nível mundial, onde pouquíssimos estudantes (7) foram selecionados, e somente um do Brasil dentre eles. “Isso significa que, na avaliação comparativa entre os concorrentes (47) o trabalho da doutoranda se destacou.
Sobre o Fundo
O SW Williston Diptera Reserach Fund é administrado pelo Smithsonian Institution com sede nos Estados Unidos. Foi criado para o aumento e difusão do conhecimento sobre a ordem de insetos Diptera (moscas e mosquitos). Este ano, o fundo apoiará a viagem de sete estudantes de pós-graduação em fase final de doutoramento ou recém-titulado ao 9º Congresso Internacional de Dipterologia em Windhoek, com o prêmio individual de US$ 2.000.
Boa sorte Dayse, e obrigada por ser um exemplo de dedicação e de crescimento profissional baseado nos estudos!
Informações: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
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