O corpo da menina de 10 anos, Alanna Ludmila, foi encontrado na manhã desta sexta-feira, dia 3, enterrado no quintal da própria casa no bairro Maiobão em São Luis. As informações foram confirmadas pelo Coronel Aritanã, do 13º Batalhão da Polícia Militar que está à frente do caso.
Nonato Vasconcelos, vizinho que encontrou o corpo da menina, contou que sentiu forte odor vindo do quintal. “Eu senti um odor e achei que era uma sacola que estava próxima de mim, mas não era. Quando cheguei próximo ao portão da casa, senti um odor ainda mais forte e resolvi pular o muro. Comecei a vasculhar e encontrei o corpo coberto com pouca terra, telhas e entulhos”, afirma o vizinho.
A primeira parte identificada foram as pernas de Alanna. Após vasculhar mais, equipes do local identificaram que a menina estava envolta apenas por um plástico no corpo e um outro saco preto cobria a cabeça. Segundo a polícia, logo após o acionamento do caso, foram feitas perícias na casa da mãe e do pai. “Nós não tivemos acesso mais detalhado da casa, a equipe fez um levantamento aqui na residência da mãe, na casa do pai e onde a mochila da menina foi encontrada. Hoje as buscas ainda estavam se iniciando quando fomos pegos de surpresa”, afirma o Major Renato Abrantes, comandante do 2º BPM.
O principal suspeito de ter sequestrado e matado Alanna é o seu ex-padrasto, Robert Serejo Oliveira, de quem a mãe havia se separado recentemente. Ele ainda chegou a prestar depoimento na madrugada posterior ao dia do desaparecimento da menina. Logo em seguida, sumiu. Segundo Renato Abrantes, a polícia não deu voz de prisão a Robert, porque as informações prestadas por ele não o incriminavam. “Ele foi o primeiro a ser ouvido na delegacia e, segundo as informações, não poderia ser considerado o principal suspeito. A informação que se tem é que a população estava apontando Robert como acusado e, por conta disso, ele teria fugido na manhã de ontem”, conta o Major.
O IML chegou ao local por volta das 10h para realizar a remoção do corpo junto ao Corpo de Bombeiros, enquanto a Polícia mantinha a casa isolada para evitar curiosos. A polícia afirma que, diante dos acontecimentos dessa manhã, todas as pessoas próximas passam a ser consideradas suspeitas do crime. O caso seguirá em análise pela Delegacia de Homicídios de Paço do Lumiar.
Entenda o caso
Na manhã da última quarta-feira, dia 1º, a mãe de Alanna, Jaciane Borges Pereira, deixou a menina sozinha em casa para participar de uma entrevista de emprego. Ao retornar, quatro horas mais tarde, não teria encontrado novamente a filha.
Segundo Jaciane, a menina já tinha ficado sozinha outras vezes em casa e sabia, inclusive, que não deveria abrir a porta para ninguém sem a presença da mãe.
Populares, vizinhos e familiares se mobilizaram nesta quinta, 2, e realizaram buscas pelo bairro e locais próximos. Internautas também se sensibilizaram e manifestaram revolta nas redes sociais.
Fonte: Jornal o imparcial
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