Disse que é crime divulgar notícias falsas nas redes sociais, pois acaba gerando pavor na comunidade. Alerta que relatar crime sem que este tenha de fato ocorrido é crime sujeito a prisão, conforme o Código Penal. Art. 340: Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. É uma questão de educação e conscientização.
"Estamos arquivando todos os casos relatados em grupos de wathsapp e Facebook que não se converte em BO e apurando se o caso realmente aconteceu. Aqueles que for constatado ter sido declaração falsa vamos intimar o autor do boato e responsabilizar pela ação. Isso gera sensação de segurança e atrapalha todo o trabalho da polícia", esclareceu o delegado.
Apesar do grande número de denúncias de casos de roubos na cidade de Coelho Neto pelas redes sociais, pouquíssimos Boletins de Ocorrência de assaltos estão sendo registrados na delegacia da cidade. Sem a procura da vítima, corre-se o risco de suspeitos detidos serem soltos.
"Sem ter uma vítima concreta, sem ter um reconhecimento formal não temos como fazer o procedimento. Hoje quando prendemos suspeitos os policiais ficam sabendo do possível envolvimento dele por terceiros nas redes sociais e só daí chegamos a uma eventual vítima. Nem sempre a encontramos e não há outra solução que não seja soltar e assim segue a impunidade", explica o delegado Sidney Tenório.
Segundo o delegado, a vítima, seus parentes e testemunhas muitas vezes preferem divulgar os casos em redes sociais a procurar os órgãos policiais para efetivamente recuperar seu bem e ver o criminoso preso. "Para se ter uma ideia, tivemos dias que pelo wathsapp tivemos cinco assaltos em Coelho Neto, mas pelo registro de BO um apenas", frisou ele.
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